Eu escrevo sobre mim, sem ser que sou,
E talvez não seja o único que o pensou.
Eu escrevo sobre a morte, sem sabê-la,
E talvez não seja o único a escrevê-la.
Eu escrevo ideais, que não os tenho,
E talvez não seja o único: já nem estranho.
Eu escrevo poesia, e não o sei,
E talvez não seja o único, nem serei.
Eu escrevo sobre amor, sem o ter visto,
E talvez não seja o único: não, nem nisto.
Mas eu, no saber que o não sou,
Tenho a esperança de ser único onde vou."
Pedro Leitão
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