"Intuía que a felicidade era saber-se no mundo, reconhecendo-se nele - em algum ponto, ou em todos. Não seria a transcendência religiosa quem lhe arrumaria os argumentos da vida, mas a compreensão de um Deus íntimo, oriundo das próprias entranhas, das células, e da temperatura de seu corpo. A felicidade - entendia, não adviria do amor romântico, somente, mas do seu amor, por si mesma e pelo seu entorno; do seu horror, natural e fecundo - que também é amor. No ponto em que ela e seu medo se apaziguassem com o medo da vida, com sua cota de-razão-e-de-loucura-e-de-espanto, haveria espaço pra ela na existência. Enfim, não temendo mais a aventura da vida, haveria lugar para a ventura de viver..."
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Por Roberta Tostes
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