"Há gestos que nos prendem à vida. Tal como há gestos que se agarram à memória e nos arrastam por ela. Gestos indizíveis, apenas porque seriam precisas muitas palavras para os dizer e talvez, nem assim se dissesse tudo. São, pois, gestos ditos em silêncio. Memorizados no silêncio. Gestos que dizem tanto e em que fica, porém, tudo por dizer. Questiono-me se falamos, naquele momento a mesma língua. Se nos silêncios quisemos dizer o mesmo. Ou se porventura, tivemos diálogos surdos e desencontrados. Não sei dizer. Sei que o teu abraço me disse muitas coisas. Muitas coisas sentidas, mais do que faladas. E que o silêncio me soube bem. Porque não me soube a solidão."
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Patrícia
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