"Eu não quero estar sentada em uma rodada de amigos e me sentir vazia, faltando pedaço, com saudade sem nome. Não quero me ver atrelada a um mundo onde tudo (objetos, valores, afetos) é descartável e saber que fui mais uma das que jogou fora o que havia de mais real no meio dessa bagunça toda que se chama 'mundo afora'. Não quero me sentir feito a colunista bonita e inteligente que não passa um texto sem citar a dor da solidão, de um sonho que não veio. Não quero ser a que idealiza tanto e sempre, tudo, dispensando o que está ali, logo ao lado. Que pensa que de tão disponível, não serve. Desconhece o valor do que está próximo e da lenta magia constituída no cotidiano das coisas menores. Mais tarde, no entanto, procura tonta entre os sonhos vãos o que restou - e vê que deixou a vida passar, esperando o bonde que nunca, sequer, saiu da estação. Não quero a sombra do passado. Nem a nuvem do futuro inalcançável. Quero apenas, meio boba e sorridente, descobrir o encanto na lucidez da simplicidade. "
.Luisa
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