"Sem saídas - There`s no way out of here - David Gilmour
Ele habituou-se a ver as saídas a se fecharem uma a uma, como portas que se batem na falta de saudade dos que ficam para sempre. As promessas lavaram as mãos para a possibilidade dos cumprimentos. Poderia ter coadjuvado uma peça que falasse de um pote de ouro ao pé do arco-íris e uma oportunidade regada de pura sorte. Nada traçado além de uma única linha de cabimento para o primeiro nome de um amor do passado. Uma linha riscada no céu da lembrança por um jato que se destina a uma terra de nome saudade. E ele desperdiça o tempo como se a vida fosse o cumprir de meia eternidade.
A mentira disse que o tempo é um rio límpido corrente para o lugar aonde as vidas não sentem sede. A realidade escorre entre os dedos enquanto ele contempla os minutos deste rio, sente a partida em vazios que se confirmam por atestados. Não existem duas direções para quem precisa de uma chance. A coisa certa pode estar a um fio de distância do pior dos arrependimentos. Ele habituou-se a ver as saídas a se fecharem uma a uma, como portas que se batem na falta de saudade dos que ficam para sempre.
A ausência de respostas é um processo árduo para aquele que não nutre perguntas. E ele sabe que a tristeza de não ter aprendido a escutar se apresentará sempre que o escuro vier habitar os olhos que se negam a olhar adiante.
Não há respostas para si mesmo quando dentro se torna o esconderijo do “outro”. Tudo isso porque ele sempre olhou para o externo em busca daquilo que sempre disse coisas a respeito de seu umbigo de buraco negro. Ele habituou-se a ver saídas a se fecharem uma a uma, como portas que se batem na falta de saudade dos que ficam para sempre. As promessas lavaram as mãos para a possibilidade dos cumprimentos. Poderia ter coadjuvado uma peça que falasse de um pote de ouro ao pé do arco-íris e uma oportunidade regada de pura sorte."
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