Doçura ou amargor!
"Quando, com o olhar, percorro os fatos da minha vida, ela não me aparece especialmente feliz. Menos ainda, no entanto, posso dizê-la infeliz, não obstante todos os erros. Afinal de contas, é insensato indagar assim da felicidade ou infelicidade, pois penso que mais dificilmente renunciaria aos dias infelizes da minha vida do que os alegres. Se, na existência de um homem, trata-se de aceitar conscientemente o inevitável, provar o bem e o mal e, ao lado do exterior, conquistar para si um destino mais intrínseco e não fortuito, não foi minha vida nem pobre nem má. Se tive de suportar, como todos, o destino exterior, inevitável e decretado pelos deuses, meu fado interior foi obra minha, cuja doçura ou amargor cabem somente a mim e pelo qual entendo assumir sozinho a responsabilidade."
Herman Hesse
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