"Meu Sim"
"O Meu Sim… (quem escuta o meu sim? Eu escuto?). Pra mim, sempre foi mais fácil ser difícil: é, eu (sempre) disse “não”. Pra mim, O Meu Sim sempre evocou o adeus, as despedidas anônimas, a próxima parada (e onde é que vai dar, onde é que vai dar?). O Meu Sim tem o mais duro — mas também o mais belo — dos recados. Entre tantas outras lições, é a que eu mais quis e teimei em aprender. O Meu Sim é irmã gêmea de Correndo Atrás. Em ambos os casos, o desafio é acelerar, avançar os sinais em curvas perigosas sem poder olhar pelo retrovisor. O passado é uma sucessão de fragmentos, imagens estremecidas que vão se sucedendo, embaralhando a retina, a memória… até que chega um momento em que a gente não sabe mais o que uma coisa tem a ver com a outra. Em mim, o efeito não é de confusão mental — eu nunca me preocupei demais ou por muito tempo em descobrir o elo entre as coisas. Esse desapego é antes uma espécie de auto condenação (ou meu salva-vidas) a um estado reincidente de busca por liberdade emocional… O passado… eu não sei fazer as pazes com ele. Esse sujeito é arquivado, sim. Nessa cidade, senhores, não cabe saudade. O Meu Sim é a promessa de vida a partir dos escombros do que já passou."
Julio F - http://www.marinalima.com.br/blog/hold-on-its-a-matter-of-time/
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