Diário de Liv

quarta-feira, agosto 23, 2006

É nesse teu sorriso que eu me escondo e onde eu moro...
É nessas tuas mãos que abandono as vestes de guerreira.
Quero o teu corpo por abrigo e por esteira
Nele me rendo enquanto nestes dedos me abandono
E te digo como me sinto quando me deito na bebedeira
Do cheiro da tua pele para te sentir meu dono...
Estranhas talvez que me desarme e parta de mim como num sonho
Mas não suporto mais o peso da armadura e da máscara de ferro...
Batalho por um mundo de sorrisos e sou guerreira pela vida
Mas também sei como dói sentir-me perdida quando não sei sair dos escombros...
Nestas horas sinto o frio da nudez no consolidar da ausência
E sei que é tênue a linha da lucidez que me consente a permanência...
Sei que me estranhas tão nua... tão vazia de beijos e de gestos lentos
Mas não basta ser tua para esquecer que não existo... já nem sou gente!
Cobre-me da paz que se desprende dos teus braços...
Talvez o abraço me desperte... e me aqueça...
Talvez o meu corpo arqueie novamente
E o meu ventre no teu ventre nos enlouqueça...
Talvez os teus olhos ainda saibam sorrir e aos meus apeteça
Aprender a lutar de novo... e a vestir mais uma vez a limalha
Que me protege a alma do escuro e do medo da noite...
E, quem sabe, meu amor... talvez o amor aconteça!..."
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Cris (Do Silêncio e da Pele)

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