PRECISO
Não quero dominar, ser dominado... Quero antes, ser consumido, destruído. Não preciso de tanto, nem de tudo. Apenas que me cale a alma, me cale a boca. Que sele o corpo, que entenda a ausência, a renúncia...
Percorrer a fantasia, o encantamento, da face sorridente, consentimento. Não peço à reza, curvado em pranto, que me leve aos céus, ou ainda mais...
Apenas, o olhar escondido, o suspiro entrecortado, contido. O sabor das manhãs escuras. O que preciso, não é muito, não é tudo, e nem é pouco.
Não se pode e não se contém, não se deve. Não insiste e talvez, não exista. Consumindo o espelho em meus olhos, da angústia em gotas d'água. Afogando-se, morrendo-se. Não preciso de muito, apenas preciso de tudo, de tudo o que é muito. Do toque, segredo... Do medo, preciso... do teu beijo."
Nelson Teixeira
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