"A vida nos dá pessoas de presente. Pode reparar: acontece. Em primeiro lugar, aquelas através dos quais nascemos; a nossa família. Outras chegam depois. Vêm aos poucos. Algumas conquistamos, outras nos conquistam. Umas sempre saberemos onde encontrar. Porém, algumas seguem rotas diversas das nossas e, às vezes, por alguma razão, se afastam de nosso domínio. Mas a vida nos dá, volta e meia, sem nada cobrar, o acesso e o contato com um desses seres únicos. Alguém que, se soubermos bem aproveitar, modificará nossa existência em algum sentido. Mesmo que essa figura incrível e singular desça na próxima estação do trem, deixando para trás sonhos do que seria um dia. Por que alguns se distanciam, mais do que permite o nosso desejo? Por que não é possível que permaneçam ao nosso redor, circulando nos mesmos espaços que antes costumávamos passar, entre as mesmas pessoas com as quais convivíamos? Talvez porque estático é uma palavra que não consta no dicionário da vida. O movimento é eterno e constante. Quantas voltas, idas, retornos, piruetas, cambalhotas fazem parte dessa trajetória? Montanha-russa, carrossel, roda-gigante. Aproveitemos o incessante pulsar de transfiguração dos instantes em memórias guardadas em gavetas. O que cada um nos traz de doce será marca eterna nos fios que nos tecem a alma. Não seriam o mais belo desse breve trajeto, esses presentes envoltos em laços de vida?"
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