"É dia de maria...
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Como se das marias não fossem todos os dias...Talvez por isto, não queira falar de Mulher e sim, para as marias, iguais em qualquer parte do planeta, não importa a cor, a nacionalidade, o cariz social ou o nível de instrução. Maria é maria, em qualquer lugar. Maria é Dor e Amor. Que me perdoem as outras, mas hoje quero falar de uma certa maria..."maria-velha", "maria-besta", "maria-branca""maria-é-dia", "maria-judia". Nenhuma é santa, mas... resta saber... Porque besta, ‘velha’, ‘judia’, ou luminosa como a luz do dia, sempre há maria, e ninguém contesta, pelo que vê..."maria-de-barro", "maria-rita", "maria-da-toca", "maria-preta", "maria-da-serra", "maria-seca". Sem sobrenome, muito pobre ou muito nobre, como quiser... Às vezes, Maria seca, e a vida toca, a serra 'desce', pode ser preta, amarela, também de barro e até aflita, mas... de Ser Mulher, nunca se esquece..."maria-vitória", "maria-rosa", "maria-farinha", "maria-isabel", "maria-nagô", "maria-rendeira". Quisera contar de cada maria a história camuflada em cognomes... Tem maria princesa, flor, escória, que a vida quando não mata, espezinha, e até 'come'! E se um dia bem amou, maria é também parideira..."maria-cadeira", "maria-da-mata", "maria-mole", "maria-chiquinha", "maria-mijona", "maria-fumaça". Tanta mulher camuflada, parece até brincadeira...mas não se pode esquecer: se há uma que desacata, o mundo enfrenta, outra é mais fraca e sem raça... "maria-mulata", "maria-vai-com-as-outras", "maria-sem-vergonha", "maria-faceira"... Essas marias-mulheres, de tanta versatilidade, são uma Pátria (e nem sabem!), canteiros de miscigenação, sem preconceito, são Mulheres por Opção, mistura de utopias e verdades... Sobretudo fêmeas em qualquer situação, mascaradas no encanto desta multiplicidade, é assim, esta "maria-brejeira", atualmente, aprendiz de guerrilheira... a Maria-Brasileira!"
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SYLVIA COHIN
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