Diário de Liv

quinta-feira, novembro 19, 2009

 *poema ameaçador (!) de saudade*

Se você me quer venha depressa.

Não pense muito

Ou pense bem -

que o sentimento é uma coisa urgente.

Se você pensar na sua saudade

E nos seus “porquês” e “senãos’,

inevitavelmente, estará no meio do caminho

da minha saudade, que já é grande.

E você sabe que “lance” de saudade é coisa séria.

É vazio inexplicável

do que já conteve

um todo muito e tão amado.

(…) Você percebe que estamos vivos

e que merecemos respirar e acontecer

nesse mundo de meu Deus!

Não suspirar de falta existente (!).

Se me ama e se te sou saudosa,

pelo menos nas músicas que me dedica

e na exposição camuflada de você,

é bom correr.

(…) 

Enquanto ficamos na esfera das faltas

dos sorrisos, dos beijos e dos sonhos,

poderíamos estar muito bem no presente

em carne e osso.

A vida é pouca, mas muito boa e justa

Basta torná-la simples e viva:

pleonasmo de existir,

você entende?

(…) Resolva, meu bem, seus mistérios;

não me deixe nos versos de falta existencial,

porque uma rima ou outra pode não dar certo

e formar um poema de tristeza exata.

(…) Mas, se por acaso, todavia, entretanto,

preferir o passado pela ânsia (!) nostálgica

de, simplesmente, envelhecer com calma...

Respeito.

Afinal se a vida não vale

pela conjugação incessante do verbo sentir,

significa que você não está vivo em vida

e que meu sentimento é genuíno: saudades.

Descanse em paz, amém.

http://semeandopalavras.zip.net/

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