Diário de Liv

quinta-feira, janeiro 05, 2006

QUEM SOU EU????????????

VISIONÁRIA PROCURA ONÍRICA
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Estou falando sozinha de tanto desejar
Desejos de vidro e não de brilhante
Vou a procura, como que a delirar
Ser eu mesma de uma forma constante.
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A noite vejo melhor do que de dia
Sinto-me plena, sinto mais prazer
Vivi o que o sol não me permitia
Esqueci até do que me fazia sofrer
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Estou perdida, isso eu sei
Mas estou longe para querer voltar de onde parti
E nem sei ao certo se um dia em algum lugar fiquei
Não sei como continuar a seguir...
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Procurar eu mesma será loucura?
Só preciso me reconhecer e crer
Que chegou o fim da procura
Ou mesmo da loucura, o que possa ser.
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Apesar da pouca inspiração, ainda posso escrever
Por isso criei um próprio automatismo psíquico
Nas profundezas do meu inconsciente pude ver
Coisas tão belas que ultrapassam este plano físico

Tudo que vejo não há similar concreto
E tudo que sinto se mostra inimigo
Mas nada do que eu escreva será completo
Nada pode mostrar a poesia que carrego comigo.

LVM
§ § §

UMA MENINA

Uma menina, que de menina não tinha nada e tinha tudo
Gostava de ler, de contar piada
Que vivia apaixonada, sem coragem de ser atirada
Vivia de pensamento, morria de descontento
Uma menina que entendia de tudo
Mas que no fundo experimentou pouco,
Um pouco do nada do seu mundo
Muito era amor, que fez durar tanta dor
Oposta por aquela alegria de menina-maluquinha
Uma menina que a todos dizia e ao mesmo tempo se calava
Era feliz a cada dia, era triste em todas as palavras

LVM

§ § §

* Poema escrito em 22 de setembro de 1998

Ninguém saberá amá-la, tanto é... que nunca foi amada. Como decifrar o seu enigma, sua estranheza bem definida? Fragmentos de sua vida: em tudo foi escrito por nada.
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Era liliforme na presença, contradição de sentimentos, monumento de indecência; Seu viver é a sua própria perdição, seu sofrimento era a sua paixão e não tantas caras e tantos nomes.
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Como segui-la... se ela não sabe por onde anda? O que ela procura é a própria procura de ser quem ela deveria ser. Pudera medi-la, mas ela é a completa exceção! Ela não é digna nem de sim, nem de não. Diferente é uma palavra familiar, mas pequena ao lado de tal dimensão.
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A noite poderia ser o seu nome e lividez o seu codinome, no mais real dos significados. Ser alva na própria escuridão, maldar com a própria inocência, mortificar o próprio coração, o próprio ser, a dita presença. Não há proteção que a proteja, não há comprovação que tenha te provado, pois ninguém ainda provou do seu logrado.
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Predestinação ao precipício e ao paraíso... Até quando os seus olhos verão este mundo? Esta sua visão... ver o que não é santo, ver o que não há juízo... Preferiu a dor de ser incomum.
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Tudo isso por causa do que é simples, mas complexo; O que é grande, mas discreto; O que é mágico, mas verídico; Tudo isso por causa do amor!

LVM

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