O Quereres
“(...) Eu queria querer-te e amar o amor, construírmos dulcíssima prisão
E encontrar a mais justa adequação, tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés e vê só que cilada o amor me armou
E te quero e não queres como sou, não te quero e não queres como és
(...)
Onde queres quaresma, fevereiro e onde queres coqueiro eu sou obus
O quereres e o estares sempre a fim, do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal, bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitamente pessoal, e eu querendo querer-te sem ter fim
E querendo te aprender o total do querer que há e do que não há em mim”
Caetano Veloso
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