Diário de Liv

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

"SONETO DA CONFISSÃO

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Se eu guardo algum segredo em discrição,

em versos, tento, aqui, me desvendar.

E rimo linhas de revelação

com a noite escura a me testemunhar.

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É fato: durmo e acordo em tua intenção,

por mais que eu insista em relutar.

E, similar a um vício, uma compulsão:

fraquejo e, a ti, eu volto a me entregar.

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Depois, recebo uma dupla punição:

enquanto, eu faço par com a solidão,

tu és de outra, ainda, sem pesar.

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Então, encarno uma ré em confissão

e rogo pela minha absolvição

de tal pecado cego: o de te amar."

Alma Nua


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