segunda-feira, agosto 13, 2007
"A Minha Vontade, a Minha Percepção
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As horas são número que me situam no tempo. O tempo é qualquer coisa que sinto passar. Visões em excesso de velocidade no meu passeio mental, pensamentos embriagados conduzem no trafego por eles criados. Borboletas pousadas na fronteira entre o olhar e a percepção, dão um colorido extravagante ao abismo. Um arco-íris no abismo, que contradição - até no mundo só existe tal aglomerado colorido se houver chuva e sol em perfeita união - uma contradição das contradições. No momento preciso da verdade, vou sussurrar-te ao ouvido quantos foram os dias que devias ter chorado e aí, aí vais querer sufocar-me com um abraço. Vais abraçar o ar. Vais abraçar o ar que pode ser abraçado por todos porque eu, eu vou deixar-te sozinha e a chorar pelo que não fizeste na minha involuntária ausência. Pelo que não fizeste nos dias que devias ter chorado. Resumidamente, é esta percepção que alcanço quando qualquer coisa olho e te recordo. Se há coisas valiosas nos sentimentos, adormeço todas as noites com a esperança que guardes um tesouro. Vivo todos os dias à espera que eu tenha sido um diamante para que me dês valor. Se guardares um tesouro."
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Hugo Sousa
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