RECOMENDO:
" 'Homens sabem usar o telefone’, revela bombasticamente o comediante Greg Behrendt, co-autor do livro e consultor do programa Sex and the City, um dos seriados de maior audiência no mundo, que mostrava a vida de quatro mulheres solteiras em Manhattan . E a verdade, nua, crua e dolorida é: ‘se ele não telefonou, é porque... ele simplesmente não está tão a fim de você’.
Greg, que vive em Los Angeles, era o único homem da redação de Sex and the City. Trabalhava rodeado por redatoras que despejavam ali suas próprias desgraças amorosas, como o fim-de-um namoro no qual o cidadão, depois de passar uma bela noite na casa da namorada, simplesmente colou um Post-it no espelho da moça dizendo que ‘Desculpe-me, não posso mais. Por favor, não me odeie’ [Atenção cavalheiros leitores: nem pensem em copiar a idéia!]. O livro, que leva o nome de um dos episódios do programa, foi escrito em parceria com Liz Tucillo, ela reage às conclusões de Greg, representando a ala feminina.
Segundo Liz, a pior maneira de um homem terminar um relacionamento com uma mulher está logo ali, no capítulo nove: dar uma de Arlindo Orlando, o lendário personagem daquela canção da banda Blitz – ‘sumir, desaparecer, escafeder-se’. Mas, ao contrário da canção, Greg não recomenda implorar para que ‘Arlindo Orlando, aquele caminhoneiro da pequena e pacata cidade de Miracema do Norte, volte para o seio de sua amada’. Para covardias do gênero, que ainda obriga a mulher a ‘enterrar o morto’ sem corpo presente, o guru ensina: ‘Não perca tempo berrando com um elemento destes. Deixe esta tarefa para a mãe do rapaz. Você é muito ocupada para isso’. Ou seja, a saída é trocar o CD para a faixa que diz 'Você não soube me amar’ e procurar alguém que saiba.
Os argumentos do autor, sempre no ponto, além de hilários, arrancam qualquer esperança romântica da mulherada. Mas será que Greg não está sendo radical? Qual mulher nunca pensou que ‘aquele melhor amigo nunca transou com ela para não estragar a amizade’? Greg responde: ‘homens não estão nem aí em estragar a amizade se tudo for acabar em sexo’. E o recém-divorcidado, que frequenta os Alcólotras Anônimos para mudar a vida, liga o dia todo, mas não convida para sair? ‘Se ele não te convida para sair, continue amiga dele. Mas procure outro para casar’, recomenda. E o que fazer com o indivíduo que é muito ocupado e 'por isso não telefona'?. No dicionário de Greg, ‘ ocupado ’ ganha um novo significado: ‘crápula’.
Ele lembra que não há nada mais gostoso para um homem do que ligar para a paixão de sua vida no meio de um dia caótico - seja a turbulência por causa do trabalho, por causa da doença da mãe ou por causa de troca-troca de aviões. Hoje em dia, até caminhoneiro de Miracema do Norte tem celular. E os que não têm, são bem-vindos a usufruir do orelhão. Por sinal, a questão que encabeça a lista do ‘não-há-desculpas’, é o solene ato de pular a cerca. Greg lista as formas como um homem pode comunicar à sua namorada de que está insatisfeito com a relação [Cavalheiros, anotem, por gentileza]: telefonando, conversando pessoalmente, enviando um e-mail, fazendo uma canção ou até preparando um show de marionetes. Note que a opção 'dormir com outra' não está na lista, reforça ele, partindo do princípio de que a relação em questão é monogâmica.
A dupla divide o assunto em dezesseis capítulos - cada um dedicado às diversas atrocidades masculinas. Em todas as situações, conclui-se que... ‘ele simplesmente não está tão a fim de você’. Resumindo: Greg quer que as mulheres entendam que elas são muito especiais, belas e talentosas para abrir qualquer espaço para camaradas com comportamentos duvidosos. Para ajudar, ele sugere uma lista de homens evitáveis - os que deixam as mulheres esperando ligação, os que as fazem sentirem-se sexualmente indesejadas, os que temem em falar sobre o futuro, os casados, os que bebem ou usam drogas de forma que as deixam desconfortáveis.
Ainda assim, a ficha de muitas donzelas ainda não caiu. Por isso, nosso herói conta a seguinte historinha: certa vez, ele paquerou uma bartender. Pediu o telefone da moça. Ela disse que não ia dar, pois os homens nunca ligam. Mas ela revelou seu nome e sobrenome. Problema: o nome da maria-da-silva era tão comum, que Greg deparou-se com oito opções na lista telefônica. Mas ligou para todas até achar a sua. Moral da história: quando um homem quer, ele procura. Greg e Liz dedicam a obra literária a todas as mulheres que colaboraram com suas experiências neste livro. E acrescentam: ‘esperamos não ter de escrever outro. Amém.”
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial