Diário de Liv

sexta-feira, novembro 07, 2008

Critica ao livro Confissoes de Acompanhantes

De acordo com depoimentos do livro, a prostituta e/ou garota de programa e que nao assume essa opcao por falta de alternativas de sobrevivência, mas por livre vontade e interesse, se ofende quando ‘e chamada de puta. Por que ela nao se v^e prostituindo seus valores ou seu corpo, por acreditar que nao est'a fazendo nada de errado a si mesma e que seus valores nao sofrem influencia do que acredita ser sua profissão. Outros chamarão de vocação. O fato ‘e que ao refletir sobre esse estranho debate cheguei a uma simples conclusão: nao vejo como profissão o que as prostitutas fazem e menos ainda aceito a id'eia de que esta pra'tica seja uma das profissões mais antigas da humanidade. Se fosse, o que diríamos das freiras? Ser freira ‘e uma profissão? Acredite. H’a muitas semelhancas entre elas. Qual ‘e o maior prazer de uma freira? Servir a Deus e aos santos. E qual ‘e o maior prazer da prostituta? Servir a va'rios homens ou outros generos. Ambas esperam benefícios com essa pra'tica. A primeira espera receber a chave p/ a porta do ce'u, ser escolhida para uma missão divina ou ser perdoada por todos os seus pecados. A outra, espera uma chave p/ um enorme cofre bancário, ser desejada como a melhor das mulheres ou viver esperando as emoções mundanas do próprio destino. Uma sente o prazer da f’e a outra o prazer da carne. Ser’a que sentir prazer ‘e uma vocação? Asim ‘e mais facil compreender em vez de julgar que esta conclusão ‘e um delírio ou uma ofensa. A essencia de tudo esta na base do que ‘e invisível aos olhos. Neste caso, cada uma segue a sua opcao de vida motivadas por desejos individuais, mas que para realiza-los precisa dividi-los com outras pessoas. Amar ao próximo e a si mesmo ‘e um desafio que somente estes extremos podem alcancar, resguardadas as devidas proporções. Por isso nao ha que se falar em profissão. ‘E uma pra'tica que se auto-desafia, que se contradiz e portanto, nega a si mesma como um modo de viver e de ver a vida, sem buscar o equilíbrio tao necessário entre os dois po'los. São valores praticados seja pelo corpo, seja pela mente e isso nao tem nada a ver com vocação ou profissão. Nao h’a justificativa plausível no campo da moral, mas se explica pela sua existencia tao antiga quanto as necessidades humanas do corpo, da mente e do espirito. 

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LVM

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