Diário de Liv

quinta-feira, janeiro 04, 2007

"Ando nascendo"

"Por um instante perco a lucidez. E perco o viço. Entro no sombrio vácuo dos que estão perdidos em busca de resposta. Quebro coisas. Que dentro de mim já estão esmigalhadas. Poeira que precisa ser varrida. Quero entender o caminho percorrido entre o último sorriso e a primeira lágrima. Abrir as portas, ver quem entra. E expulsar quem merece sair. E quem está de saída.
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Limpar tudo, vasculhar tudo. Tudo o que parece corroído por fora de papel de presente. E não é. Preciso abrir os verdadeiros presentes que hoje tenho. Cortar o laço de embrulho e merecer o agrado. Usar o novo. Doar o velho. Fazer o bem a mim e àquele que merece um EU melhor. Já é um esboço de reforma.
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Não penso mais que meus atos sejam desmotivados como antes. Ou que tenham algum motivo especial. Simplesmente caminho aceitando o sol e a chuva. Mais a chuva porque tem aroma de limpeza e me encerra nas paredes do silêncio interno enquanto o mantra d’água ecoa lá fora.
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E esses dias têm chovido muito (...), o me faz brilhar por dentro e irradiar brancura. Sem falar de outros sorrisos que ando vendo, outras palavras que ando ouvindo, outras pessoas que ando sentindo. Ando muito por aí ultimamente. E de encontro ao desconhecido. Atirando-me seguramente nos braços de bons sentimentos.
De que não me arrependo. Ando nascendo. Porque precisei morrer – dei-me à luz."

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