Diário de Liv

domingo, agosto 14, 2005

Qualquer semelhança não é mera coincidência

A intolerância às manifestações alheias e diferenças individuais gera a miséria, a guerra, o crime..

Sumaré, 24 de Setembro de 2003

"Poderia ser a depressão, o estresse, a ansiedade, a violência, as drogas, o crime organizado, o flagelo da guerra, as várias faces da discriminação (racial, ideológica, social, religiosa), a fome e a miséria de muitos enquanto poucos desfrutam de fartura, a política de exclusão, a ignorância, o trânsito, a repressão oficial, o abandono dos menos favorecidos, desamor, rancor, ódio, desprezo, inveja, cobiça, entre muitos outros aspectos do mundo contemporâneo nada relevantes aos olhos de Deus, considerados individualmente ou em conjunto como o mal, ou os males, do século.

Mas pode-se arriscar que existe um fator preponderante e presente em praticamente todas essas manifestações como causa maior dos males do mundo atual: a intolerância às manifestações alheias e diferenças individuais. Foi daí que surgiram os primeiros grandes conflitos bélicos desse século, os massacres de inocentes no paupérrimo país de Bin Laden, o Afeganistão de que poucos ouvem falar atualmente, e no Iraque que ainda possui bolsões de resistência. Tudo em resposta a uma outra intolerância, o ataque terrorista de 11 de setembro nos EUA, que até hoje não se comprovou a autoria, apesar dos esforços de comunicação imperialista. Tampouco foram encontradas as tais armas químicas intoleráveis que deram motivo aos ataques no Iraque.(...)

A tolerância é uma virtude, mas não basta para estancar seu antônimo, como funcionou a política de não violência de Ghandi. Os remédios contra a intolerância poderiam ser a compaixão e a solidariedade. Tornariam o mundo melhor para aqueles que padecem de Aids, câncer ou diabetes, também considerados como outros males do século. Reduziriam a miséria, a guerra, o crime, o estresse, a depressão e a discriminação, entre outros males.

Se o esforço coletivo dos jovens cibernéticos inconseqüentes fosse direcionado a uma ação produtiva de inclusão de outros menos favorecidos, com o acesso aos bens do capitalismo, como estes certamente possuem por dominar a tecnologia, talvez o mundo ficasse um pouco melhor, ou menos pior do que pretendem. Ou então no lugar de vírus e programas maliciosos, pichassem os sites institucionais com flores, cores e mensagens de amor, o mundo certamente seria mais agradável."

"É bem mais fácil tornar o mundo pior. Então, porque não, aceitar um desafio maior?"

Caio Romero

Jornalista, escritor e artesão

Contato: caioromero@desktop.com.br

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