Diário de Liv

segunda-feira, março 31, 2008

"Bastam dois espelhos opostos para construir um labirinto"
J.L.Borges

domingo, março 30, 2008

"Conversando... somente eu e você"!

INSPIRAÇÃO

Quero dizer-te o que eu mesma não sei explicar... o que é tão simples e ao mesmo tempo tão difícil de expressar... a intensidade de um breve diálogo... a atração de um inevitável encontro... a estrada de um eterno labirinto... O que aconteceu naquela noite ao falar-mos dessa cidade sem novidade? O que aconteceu quando aquela música tocou? Tinha tudo para ser mais uma estória banal se não tivesse dito o que eu tanto queria ouvir. Mesmo com tamanha timidez eu compreendi porque seu olhar é tão misterioso... e o seu sorriso... nervoso... ao tocar-me com suas mãos feridas e suas linhas do tempo tão expressivas... e foi de repente... num breve instante... que percebi o que era para ser feito... deveria eu seguir sua sombra... a penumbra de teus passos... serás onde que tu escondes e guardas segredos? Não camuflei as intenções como sempre faço... e nem cobrei emoções como em momentos passados. Não pensei... então o que posso ter sentido? O que senti foi ternura... e depois de alguns dias de sol... foi loucura... e mais ainda quando o vi tão próximo... foi dúvida... não sei ainda o que tu representas... que máscaras te escondes, que lógica te persegue, que destino tu procuras... O que então vejo em ti? Um menino frágil... alguém corajoso... um cético... que com magia se esconde... um cego... que no interior vê seu reflexo... uma alma... incessante... uma melodia comovente... um homem indefinível! Agora, o que vai acontecer? Tornar-se-á apenas um amigo... ou mais um desaparecido... quem sabe um estranho buscando ser conhecido... enquanto desejo apenas que tu sejas o complemento do meu signo, com seus sinais improvisados mas repletos de desejos... de tal modo que cada instante do seu lado me surpreenda e que toda a liberdade de viver essa sensação tão sublime me prenda, da maneira mais irracional e contraditória, da forma mais natural e sobrenatural, assim como só os sentimentos são capazes de registrar... e é por isso que nenhuma palavra faz sentido diante de tudo isso!
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LVM

quinta-feira, março 27, 2008

SHOW FERNANDA TAKAI - TRIBUTO A NARA LEÃO

Descansa Coração
(My Foolish Heart)
Versão Nelson Motta
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Cansei de tanto procurar
Cansei de não achar
Cansei de tanto encontrar
Cansei de me perder
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Hoje eu quero somente esquecer
Quero o corpo sem qualquer querer
Tenhos os olhos tão cansados de te ver
Na memória, no sonho e em vão
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Não sei pra onde vou
Não sei, se vou ou vou ficar
Pensei, não quero mais pensar
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Cansei de esperar
Agora nem sei mais o que querer
E a noite não tarda a nascer
Descansa coração e bate em paz

"Eternidade e Impermanência. (...) Angústia de sermos passageiros nos sonhos dos que por nós passaram, nos momentos dos que ainda são ou estão. Sermos nós imortais e tais nômades dos caminhos ainda por vir. Absoluta confusão. Lúcida. Lúdica. Dúvida...
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Eternos pelo que por hora já não somos. Impermanentes no anseio de conquistar as estrelas, que todavia, não sabemos onde buscar... Mas seremos presentes uns nos outros...
Qual as ondas se desfazem ao perderem o mar."
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luzdaminhaalma.zip.net/

quarta-feira, março 26, 2008

Filme e poesia!

domingo, março 23, 2008

"Tem os que passam
e tudo se passa com passos
já passados
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tem os que partem
da pedra ao vidro
deixam tudo partido
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e tem, ainda bem,
os que deixam
a vaga impressão
de ter ficado"
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Alice Ruiz

INDIZÍVEL

"Há momentos....
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que se imobilizam guardados na alma.
Não são tocáveis, nem contáveis, nem narráveis.
E se tentarmos descrevê-los empalidecem e murcham.
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Há momentos....
que perduram porque são de uma dimensão indizível.
Aquela dimensão rara, dir-se-ia,
em que se é Si mesmo e se está bem, refrescado e em paz.
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Há momentos...
que se revêem sem se reacontecerem
e, mesmo assim, acontecem cada vez que se reolham."
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http://espelhoselabirintos.blogspot.com/

APARICIONES
Dario Jaramillo Agudero
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No son de carne o espíritu
tampoco son la confusa mezcla de ambas,
ni bestias ni ángeles
ni su desquiciado promedio.
Son destellos,
huecos de tiempo llenos de luz o sin ella,
galopes sobre la luna,
seres que invento y son mi vida,
entre visiones de un jardín sagrado,
formas de poesía,
milagros en metáfora de cuerpo,
metáfora incompleta sin tacto ni perfumes,
metáfora total, plenitud donde no existe el tiempo
donde no existen los efímeros tactos y perfumes que están
dentro del tiempo.
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"Aparições
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Não são de carne ou espírito, tampouco são a confusa mescla de ambas, nem bestas, nem anjos, nem a desengonçada média. São lampejos, buracos de tempo cheios de luz ou sem ela, galopes sobre a lua, seres que a invento e são minha vida, entre visões de um jardim sagrado, formas da poesia, milagres em metáfora de corpo, metáfora incompleta sem tato nem perfumes, metáfora total, plenitude onde o tempo não existe, onde não existem os efêmeros tatos e perfumes que estão dentro do tempo."

quinta-feira, março 20, 2008

Desejo toda a luz para a sua passagem!!!!!!!

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A morte chega cedo,
Pois breve é toda vida
O instante é o arremedo
De uma coisa perdida.
O amor foi começado,
O ideal não acabou,
E quem tenha alcançado
Não sabe o que alcançou.
E tudo isto a morte
Risca por não estar certo
No caderno da sorte
Que Deus deixou aberto.
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Fernando Pessoa

terça-feira, março 18, 2008

A espera de um sinal...

"Os Silêncios
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Não entendo os silêncios
que tu fazes
nem aquilo que espreitas
só comigo
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Se escondes a imagem
e a palavra
e adivinhas aquilo
que não digo
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Se te calas
eu oiço e eu invento
Se tu foges
eu sei não te persigo
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Estendo-te as mãos
dou-te a minha alma
e continuo a querer
ficar contigo"
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Maria Teresa Horta

"Interpretar os acontecimentos da vida passada de alguém
é um processo de esclarecimento de quem é a gente,
o que veio a gente fazer aqui neste planeta."
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A Profecia Celestina - James Redfield
"Um livro que surge uma vez na vida para mudar a vida para sempre."

domingo, março 16, 2008

Confiar é...

"Confiar em alguém é como pertencer. É ter-se dentro do outro com tamanha tranquilidade, que se esquece que sejam duas pessoas. É uma oração, onde se pede e se agradece ao mesmo tempo, no desespero confuso de poder-se tudo. É uma confissão de humanidade. De erros secretos, de prazer ininteligíveis. A confiança é indivisível. Não se mede, não se pede, não se desculpa: existe de “per si”. Confiar em alguém é doar um pouco de si ao outro. É creditar-lhe seus melhores valores, subtraindo-se seus possíveis defeitos. É a cegueira premeditada e querida que alicerça o mundo. A confiança desfila sentimentos elegantemente sem medo de se tropeçar. Confiar é escrever uma crônica do cotidiano com poesia. E porque confio não estou só. E estando acompanhada não me divido. A confiança nasce misteriosamente. Confiar em alguém é o infinitivo de sagrado, se existir. A confiança não se explica em palavras, prosa ou versos. Confiar é um ato de fé. É o encontro natural de seres de vontades respeitadas. A confiança é misericordiosa. Confiar em alguém é ver-se pelos olhos do outro. E, também, ver-se a si mesmo naquele. É entrega e muitas vezes substituição do existir. A confiança é o olhar mais terno e poderoso sobre o outro. Confiar rima com amar. E não é coincidência".

Tira a teima
Clã
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Se um dia me aproximar de ti
Não penses que é só um flirt
não julgues que é um filme
Que já viste em qualquer parte
Pensa bem antes de agir
Evita ser imprudente
Faz a carta do meu signo
E vê a lua com ascendente
Tem cuidado e tira a teima
vê aquilo que sou
Tu não sonhas ao que venho
Não sabes do que sou capaz
Eu dou tudo quanto tenho
Não funciono a meio gás
vem sentar-te à minha frente
E diz-me o que vês em mim
Não respondas já a quente
Pondera antes de dizer sim
Tem cuidado e tira a teima
Porque aquilo que sou
Fere, rasga e queima
Diz-me, diz-me se vês o granito
Onde a cidade, os grandes temas
Diz-me se vês o amor infinito
Ou somente um par de algemas

quarta-feira, março 12, 2008

A Entrega Real
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"Enfim, enfim quebrara-se realmente o meu invólucro,
e sem limite eu era. Por não ser, era.
Até ao fim daquilo que eu não era, eu era.
O que não sou eu, eu sou. Tudo estará em mim, se eu não for;
pois 'eu' é apenas um dos espasmos instantâneos do mundo.
Minha vida não tem sentido apenas humano, é muito maior -
é tão maior que, em relação ao humano, não tem sentido.
Da organização geral que era maior que eu,
eu só havia até então percebido os fragmentos.
Mas agora, eu era muito menos que humana - e só realizaria
o meu destino especificamente humano se me entregasse,
como estava me entregando, ao que já não era eu, ao que já é inumano.
E entregando-me com a confiança de pertencer ao desconhecido.
Pois só posso rezar ao que não conheço.
E só posso amar à evidência desconhecida das coisas,
e só me posso agregar ao que desconheço.
Só esta é que é uma entrega real."
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Clarice Lispector

sábado, março 08, 2008

MAIS UM DIA DA MULHER...

"É dia de maria...
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Como se das marias não fossem todos os dias...Talvez por isto, não queira falar de Mulher e sim, para as marias, iguais em qualquer parte do planeta, não importa a cor, a nacionalidade, o cariz social ou o nível de instrução. Maria é maria, em qualquer lugar. Maria é Dor e Amor. Que me perdoem as outras, mas hoje quero falar de uma certa maria..."maria-velha", "maria-besta", "maria-branca""maria-é-dia", "maria-judia". Nenhuma é santa, mas... resta saber... Porque besta, ‘velha’, ‘judia’, ou luminosa como a luz do dia, sempre há maria, e ninguém contesta, pelo que vê..."maria-de-barro", "maria-rita", "maria-da-toca", "maria-preta", "maria-da-serra", "maria-seca". Sem sobrenome, muito pobre ou muito nobre, como quiser... Às vezes, Maria seca, e a vida toca, a serra 'desce', pode ser preta, amarela, também de barro e até aflita, mas... de Ser Mulher, nunca se esquece..."maria-vitória", "maria-rosa", "maria-farinha", "maria-isabel", "maria-nagô", "maria-rendeira". Quisera contar de cada maria a história camuflada em cognomes... Tem maria princesa, flor, escória, que a vida quando não mata, espezinha, e até 'come'! E se um dia bem amou, maria é também parideira..."maria-cadeira", "maria-da-mata", "maria-mole", "maria-chiquinha", "maria-mijona", "maria-fumaça". Tanta mulher camuflada, parece até brincadeira...mas não se pode esquecer: se há uma que desacata, o mundo enfrenta, outra é mais fraca e sem raça... "maria-mulata", "maria-vai-com-as-outras", "maria-sem-vergonha", "maria-faceira"... Essas marias-mulheres, de tanta versatilidade, são uma Pátria (e nem sabem!), canteiros de miscigenação, sem preconceito, são Mulheres por Opção, mistura de utopias e verdades... Sobretudo fêmeas em qualquer situação, mascaradas no encanto desta multiplicidade, é assim, esta "maria-brejeira", atualmente, aprendiz de guerrilheira... a Maria-Brasileira!"
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SYLVIA COHIN

terça-feira, março 04, 2008

"Sim... algo acontece aos redores de nossos sub-conscientes e não sei como, estamos tão conectados, tão amarrados, respondendo aos mesmos estímulos embora sendo expostos a experiências diferentes. Sonhos que nos rondam e querem dizer alguma coisa roubam a nossa noite, nosso silêncio... nosso entendimento de descanso. Sim... tem algo para acontecer, tá tudo muito diferente... risos à meia noite, portas fechadas, mesmo sofá, elogios, ajuda e uma forte aspiração a unidade. Tudo muito estranho... e depois disso esses sonhos... essas vozes, esses encontros, esses momentos tão particulares... um apoiando o outro independentemente da decisão a ser tomada. Parece o fim de alguma coisa ou início de outra."
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fmendessantos.zip.net/