Diário de Liv

terça-feira, maio 29, 2007

Falsas juras e promessas de um adeus!

SOLENEMENTE
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juro por tudo quanto é jura...
juro por ti... por mim
por nós... juro
que hei de esquecer-te!
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E visto que duvidas tanto
Visto que ris do que solene-te asseguro
Juro mais: por meu passado, pelo meu futuro!
Pela minha vida!
Pela tua vida
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Juro pelo que mais amo e exalto
E depois de uma jura tão comprida...
Juro... juro... juro que estou jurando falso...
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§ § §
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Eu jurei... você jurou... Juramos o que não podia ser feito, apagando as cicatrizes do peito, ao amar como ninguém mais amou! Juramos ser felizes longe ou perto, mesmo estando errrados ou certos... um dia saberemos ao certo... quem deveria perdoar e não perdou!
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Mas mesmo jurando perdoar todos os pecados, nem sofrendo fomos apanhados... Porque a nossa jura íntima é tão pequena quanto infinita... É tão verdadeira por mais que minta... É incondicionalmente mera sina! É um sempre adeus com um olhar de até breve... refletido no retrovisor que sempre retrocede!
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É um sonho duplo, que nunca se completa... falta sempre a metade... de quem nunca sonhou de verdade... pois depois de tantas juras e promessas se percebe que nenhuma palavra terá mais força do que a ausência dessa metade... vivo somente de juramentos, de melancolia, de poesia e de saudade...
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LVM

sábado, maio 26, 2007

"Ama-se pelo CHEIRO, pelo MISTÉRIO,
pela PAZ que o outro lhe dá ou pelo TORMENTO que provoca.
Ama-se pelo TOM DE VOZ, pela maneira que os OLHOS PISCAM,
pela FRAGILIDADE que se revela quando menos se espera”.

Pura melancolia...

"Desculpa por cada segundo em que meu pensamento te inventa de novo em mim. Não sei como se faz para esquecer. Não conheço as palavras mágicas que transformam as saudades em passado ou apenas o passado em saudades…
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Desculpa por cada instante de minha vida em que lembro teu sorriso, que continua iluminando meu dia no rosto dos que passam por mim. Por sentir que estás perto de mim, neste ou naquele olhar que prende minha atenção…
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Desculpa por ainda chamar por ti nas horas em que o coração chora, por te abraçar nos sonhos, por te ouvir nas melodias que ritmam minha vida. Por cada eco de silêncio, por cada ausência dorida…
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Desculpa por tudo e por nada… Por aquilo que fui e por aquilo que não soube ser mas principalmente por aquilo que sou. Por ser apenas eu e não o que seria sendo eu contigo. Por sentir o que foi esquecido e lembrar o que foi sentido…
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Desculpa por não mais te amar, amando-te ainda mais!!"

quinta-feira, maio 24, 2007

Soneto XVII
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"Não te amo como se fosses a rosa de sal,
topázio ou flexas de cravos
que propagam o fogo
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Te amo como se amam
certas coisas obscuras, secretamente,
entre a sombra e a alma.
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Não te amo como a planta que não floresce
e leva dentro de si, oculta,
a luz daquelas flores...
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E graças a teu amor
vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra
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Te amo sem saber como...
nem quando...
nem onde...
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Te amo assim diretamente...
sem problemas...
nem orgulho...
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Assim te amo
porque não sei amar
de outra maneira
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se não assim
deste modo!
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Que não sou
nem és tão perto
que tua mão
sobre o meu peito é minha
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tão perto que se fecham
teus olhos com meu sonho
."
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Pablo Neruda

quarta-feira, maio 23, 2007

O que há de mais importante?

"Amei-te e por te amar só a ti eu não via... Eras o céu e o mar, eras a noite e o dia... Só quando te perdi é que eu te conheci... Quando te tinha diante do meu olhar submerso... Não eras minha amante... eras o Universo... Agora que te não tenho, és só do teu tamanho. Estavas-me longe na alma, por isso eu não te via... Presença em mim tão calma, que eu a não sentia. Só quando meu ser te perdeu vi que não eras eu. Não sei o que eras. Creio que o meu modo de olhar, meu sentir, meu anseio, meu jeito de pensar...
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Eras minha alma, fora do Lugar e da Hora... Hoje eu busco-te e choro por te poder achar. Não sequer te memoro como te tive a amar... nem foste um sonho meu... Porque te choro eu? Não sei... Perdi-te, e és hoje real no [...] real... Como a hora que foge, foges e tudo é igual a si-próprio e é tão triste o que vejo que existe. Em que és [...] fictício, em que tempo parado foste o (...) cilício. Que quando em fé fechado não sentia e hoje sinto que acordo e não me minto... [...] tuas mãos, contudo, sinto nas minhas mãos, nosso olhar fixo e mudo... Quantos momentos vãos pra além de nós viveu... nem nosso, teu ou meu...
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Quantas vezes sentimos... alma nosso contacto. Quantas vezes seguimos pelo caminho abstrato que vai entre alma e alma... Horas de inquieta calma! E hoje pergunto em mim quem foi que amei, beijei... com quem perdi o fim... aos sonhos que sonhei... Procuro-te e nem vejo o meu próprio desejo... Que foi real em nós? Que houve em nós de sonho? De que Nós fomos de que voz, o duplo eco risonho que unidade tivemos? O que foi que perdemos? Nós não sonhamos.
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Eras real e eu era real. Tuas mãos - tão sinceras... Meu gesto - tão leal... Tu e eu lado a lado... Isto... e isto acabado... Como houve em nós amor e deixou de o haver? Sei que hoje é vaga dor o que era então prazer... Mas não sei que passou por nós e acordou... Amamo-nos deveras? Amamo-nos ainda? Se penso vejo que eras a mesma que és... E finda... Tudo o que foi o amor; Assim quase sem dor. Sem dor... Um pasmo vago de ter havido amar... Quase que me embriago de mal poder pensar...
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O que mudou e onde? O que é que em nós se esconde? Talvez sintas como eu e não saibas senti-o... Ser é ser nosso véu... Amar é encobri-o, hoje que te deixei e que sei que te amei... Somos a nossa bruma... e pra dentro que vemos... caem-nos uma a uma as compreensões que temos e ficamos no frio do Universo vazio... Que importa? Se o que foi entre nós foi amor, se por te amar me dói ja não te amar, e a dor tem um íntimo sentido, nada será perdido... E além de nós, no Agora que não nos tem por véus viveremos a Hora virados para Deus. E n'um (...) mudo... Compreenderemos tudo."
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Fernando Pessoa

terça-feira, maio 22, 2007

JUSTIFICATIVAS...

"Nunca justifique as loucuras:
Para quem te ama, não é preciso.
Para quem não te ama — não adianta."
http://mude.weblogger.terra.com.br/index.htm
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"As melhores histórias jamais serão escritas…
Assim como os melhores momentos jamais retornarão…"
http://osaldanossapele.blog.simplesnet.pt/
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Aos sete anos e, aos vinte e tantos,
eu queria amar para sempre e não trair.
Mais tarde, eu saberia que trair um amor é uma impossibilidade.
Mesmo com outra mulher é o ser amado que estamos possuindo.”
Nelson Rodrigues

domingo, maio 20, 2007

"Doer-me"

"Não sei pensar-me sem a experiência da dor. Ou melhor, não sei pensar a minha liberdade sem a experiência de uma falha que de tempos a tempos se abre e me dói. A minha dor sou eu a pensar nas coisas. Só que elas não deixam de doer quando eu não penso nelas. Pelo contrário, doem-me mais."

Show: Pedro Luiz sem a Parede!

Quem vai querer
Pedro Luís & A Parede
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"Se você diz que é lá que eu vou,
Não vou!
Se você diz que é isso que eu sei,
Não sei!
Se você diz que eu esqueci,
Errou!
Pensa até que eu nem percebi,
Pensei!
Quando a coisa está pra mudar
Parou!
Ou parece que estacionou
Errou!
Você pensa que vai brotar
Errou!
Pensam que já secou
SE ABRIU!!
Ninguém vai, ninguém vai prever
Quem vai querer prever?"

quarta-feira, maio 16, 2007

* * * INCOMUM * * *

" Soneto do Amor Eterno
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Se não pudesse senti-lo,
duvidaria do amor eterno.
Como qualquer pessoa comum.
O mundo é repleto de pessoas comuns!
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Se não pudesse senti-lo,
não diria que é eterno
e só não digo, temendo a pecha de tola,
porque o mundo é repleto de tolos comuns!
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Mas eu amo o amor eterno e só não digo,
temendo os deuses porque castigariam
a minha ousadia incomum.
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Os deuses!
Que sabem eles do amor dos mortais?
Este mundo é a minha eternidade, tolos incomuns!"
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http://casa.nova1.sites.uol.com.br/

terça-feira, maio 15, 2007

"Ser feliz faz parte da obra"

"Quando todos os medos se diluem para compor um único medo. E este medo não é qualquer medo, é pavor...
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Quando todas as dores nem parecem ter existido porque a dor que se sente agora é tão intensa quanto inexplicável.
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Quando palavras justificam atos e estabelecem conceitos que não os seus, mas os pretensamente corretos. É chegada a hora de abandonar o seguro aconchego da ignorância e desfazer-se do lastro.
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Enxergar o óbvio também é um ato de bravura, aos que se permitem erguer novas estruturas das pedras tombadas. É chegada a hora de resistir, a fim de permanecer.
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Ser feliz não é tudo, mas é parte da obra. Recriar, enfim, pode ser a grande vitória. Renascer, a dádiva merecida."

Saindo de Mim
(Ivan Lins / Vitor Martins)
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"Você foi saindo de mim
Com palavras tão leves
De uma forma tão branda
De quem partiu alegre
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Você foi saindo de mim
Com um sorriso impune
Como se toda faca
Não tivesse dois gumes
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Você foi saindo de mim
Devagar e pra sempre
De uma forma sincera
Definitivamente
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Você foi saindo de mim
Por todos os meus poros
E ainda está saindo
Nas vezes em que choro
Nas vezes em que choro"

domingo, maio 13, 2007

IMENSO


"E fostes incontrolável febre, inesgotável fonte de desejos que me fez forte, bravo, muito mais que um homem, quase um deus humano em pleno o grande amor.
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E me destes, sabiamente, entre palavras e beijos a condição de sonhar na via, pela vida, acima da vida,como deve fazer sempre quem busca a harmonia.
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E me legastes o sorriso em cada gesto simples, em cada momento doce, em todas as pequenas coisas que compõem a imensidão de um verdadeiro grande amor.
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E me ensinastes a beleza de aceitar o diferente como igualmente bom e belo; Assim como ver no nosso igual todas as pequenas diferenças que nos separa e desassemelha e participam de nossa fragilidade.
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E me levastes pelos caminhos mostrando que a dor é somente uma outra diferença válida para se poder apreciar devidamente o vinho raro, fino, delicioso do prazer que nos foi dado gozar.
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E me dissestes que a tristeza - Condição própria da existência - deve ser tratada como uma sombra que só se torna possível na luz, de tal forma que em tudo procurei ver o outro lado que sempre existe.
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E me olhastes com olhos novos tantas vezes que me pasmei de ver que, também, te via diferente outras tantas e tantas vezes e criamos juntos o espanto que fez nosso amor imenso, imenso...
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E me deixastes quando o amor se fazia mais vivo e mais presente, talvez para que a dor fosse maior (O amor, decerto, não poderia ser) e nós pudéssemos lembrar felizes que vivemos, realmente, um grande amor."
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Spersivo
http://serpoeta.blogspot.com

Sonhos ou desejos?

Alguns sonhos são sonhos, outros realidade.... qual o limite da razão quando o desejo sobrepõe a realidade? Que cor tem o céu azul? Sonhamos nossos sonhos ou nossos desejos.... Oriundos de sentimentos idos e vividos e já cansado de letras tortas e mortas..... Se é um sonho?....De quantos sonhos ainda se fará....?

"Durante anos
construí aquilo que sou,
feito de derrotas e vitórias,
amores e ódios,
prazer e mágoa.
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De tudo vivi um pouco
colhendo sempre aquilo que resta:
de esperanças soltas,
de vida vivida,
de forças renovadas
e de sonhos...
que nunca deixarão de ser sonhos.
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E que no fundo
serão sempre tudo o que resta
dum passado que é presente
transformado em futuro
que já é e deixa de ser...
Reencarnando um novo ser
que pode e sabe
com a certeza daquilo que quer,
daquilo que pode esperar,
daquilo que sente...
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Sofrendo esse pedaço de mim
que nunca deixará de ser."

quarta-feira, maio 09, 2007

"Construímos Sonhos e Acordamos com Esboços"

"Por vezes tentamos dar vida a situações que
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por si não merecem ou não aceitam resgate
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É como se caminhássemos lado a lado
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Acompanhados somente
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Pela nossa própria existência.
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Construímos sonhos
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E acordamos com esboços
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Glorificamos bons momentos
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Na esperança que se voltem a repetir
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Encontrando-os mais tarde senão
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Esvaziados num contentor chamado
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Esquecimento!
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Por vezes cansamo-nos de tentar..."
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http://jardimdinverno.blogs.sapo.pt/

Simplesmente passado...

"Eu não quero estar sentada em uma rodada de amigos e me sentir vazia, faltando pedaço, com saudade sem nome. Não quero me ver atrelada a um mundo onde tudo (objetos, valores, afetos) é descartável e saber que fui mais uma das que jogou fora o que havia de mais real no meio dessa bagunça toda que se chama 'mundo afora'. Não quero me sentir feito a colunista bonita e inteligente que não passa um texto sem citar a dor da solidão, de um sonho que não veio. Não quero ser a que idealiza tanto e sempre, tudo, dispensando o que está ali, logo ao lado. Que pensa que de tão disponível, não serve. Desconhece o valor do que está próximo e da lenta magia constituída no cotidiano das coisas menores. Mais tarde, no entanto, procura tonta entre os sonhos vãos o que restou - e vê que deixou a vida passar, esperando o bonde que nunca, sequer, saiu da estação. Não quero a sombra do passado. Nem a nuvem do futuro inalcançável. Quero apenas, meio boba e sorridente, descobrir o encanto na lucidez da simplicidade. "
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Luisa
http://www.avessodapalavra.blogger.com.br/

segunda-feira, maio 07, 2007

Permanência?

Canção III
Maria Bethânia
Composição: Hilda Hilst / Zeca Baleiro

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" A minha Casa é guardiã do meu corpo

E protetora de todas minhas ardências.
E transmuta em palavra
Paixão e veemência

E minha boca se faz fonte de prata
Ainda que eu grite à Casa que só existo
Para sorver a água da tua boca.

A minha Casa, Dionísio, te lamenta
E manda que eu te pergunte assim de frente:
À uma mulher que canta ensolarada
E que é sonora, múltipla, argonauta
Por que recusas amor e permanência? "

sábado, maio 05, 2007

Carmas!

"SE CONTINUAMOS AO LADO DESSA OU DAQUELA PESSOA EM NOME DE CARMAS ORIGINADOS DE UM PASSADO SUSPEITO E NÃO CONFIRMADO, ESTAREMOS TRABALHANDO PELA NOSSA INFELICIDADE, APENAS SUPORTANDO, TOLERÂNDO ESTATICAMENTE, QUANDO O PROPÓSITO DIVINO DAS PROVAÇÕES É O CRESCIMENTO, A LIBERTAÇÃO E O APRENDIZADO, RESIGNAÇÃO ATIVA. RESIGNAÇÃO SIM, MAS ATIVA E OTIMISTA. TOLERÂNCIA CONSTRUTIVA NOS RELACIONAMENTOS PARA QUE HAJA CRESCIMENTO... AGUENTAR POR AGUENTAR, SOFRER POR SOFRER É AUSÊNCIA DE CONSCIENCIA NAS PROVAS E ADIAMENTO DE SOLUÇÕES. SUPORTAR POR SUPORTAR É PERDA INCALCULÁVAL. SUPORTAR TRABALHANDO PARA VENCER E APRENDER É A SOLUÇÃO A CAMINHO."

sexta-feira, maio 04, 2007

"SAUDADE
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Minha saudade por você é assim: Voa, revoa,
Mas pousa sempre dentro de mim.
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Por mais que a espante, que a empurre, que a sopre...
O ser sofre... e ela sempre volta
e se assenta dentro de mim.
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E por mais que o tempo role
Pelas escadas da vida, ela geme, ela treme,
E sempre, sempre acorda dentro de mim... "
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Autor Desconhecido

quinta-feira, maio 03, 2007

10 anos depois...

"1997
Hateen
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Mil novecentos e noventa e sete, novembro ainda me lembro. Era fim de ano eu não tinha nada e você um novo emprego... Foi quando tudo aconteceu. A vida era difícil mas juntos tudo estava bem. Alguma brigas claro, mas isso é tão normal quando se quer alguém como eu quis você.
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Eu quis matar todos seus amigos falsos e fingidos que sorriam ao me ver. E encontrava companhia num copo de bebida, um cigarro ou outra droga qualquer. Já que eu não tinha mais você, reaprender o caminho pra casa não foi algo tão simples. Nos primeiros dias eu me perdia nos meus passos sem você, eu mal sabia o que fazer.
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De vez em quando a gente se encontrava nas escadas, eu tentava dizer algo e você sempre dava risada, tudo vai acabar bem. Quase dez anos depois eu consigo entender que eu tinha que continuar fosse com ou sem você. Nem sei como cheguei aqui mas saiba que eu estou feliz. A sua falta quase me matou, hoje eu tenho tudo o que eu sempre quis.
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1997, ainda me lembro de tudo o que eu quero esquecer."

quarta-feira, maio 02, 2007

Alma inquieta...

"Não sei onde estou
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Tenho ainda em minhas mãos
o vazio, que segurei entre meus dedos,
enquanto deixava à vista todos os medos
de um pobre coração...
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Hoje, sem mais poder conter
a dor daquela despedida,
vou vivendo sem saída
lendo os versos que, para mim, jamais vão ser;
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Não ligue para esta alma inquieta
a mesma que dedicou-lhe tantas rimas
pois, sobraram só as cismas,
e nenhum outro traço de poeta;
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Um amor que feneceu...
Não culpe a vida!
Nosso caso já nasceu sem saída,
fomos a rima que a vida não escreveu!"
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Lara Cardoso

terça-feira, maio 01, 2007

ANGÚSTIAS...

"Odeio os imperativos dessa vida, a obrigação. Odeio a ação por falta de opção. Odeio a estagnação por falta de opção. Compromisso que não possam ser adiados ou esquecidos. Festas de família, casamentos e batizados. Odeio esses eventos onde o afastamento não possa ser redimido ou perdoado.

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Odeio trabalhar no meu domingo de folga, e ter que dizer que esta tudo bem, obrigado. Odeio ser coagida, persuadida. forçada, acuada. (...) Não suporto ter que. Menos ainda quando “ter que” significa não poder.
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Estou me rebelando por dentro. Tenho que manter o silencio e o controle se converte em mordaça. Odeio sentir e ter que fazer que não sinto nada. Odeio me revoltar e permanecer calada. Odeio adorar e silenciar. Ver a estrada e estancar a caminhada.

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Odeio querer e ter que me fazer de mãos atadas. Tenho que manter a postura, tenho que fazer cara de paisagem, tenho que fazer de conta, de não há de ser nada. Dureza isso de ter que não inventar de querer você, rapaz."

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http://anamangeon.mus.br/